quarta-feira, 30 de abril de 2014

“Governo Wagner e o desmonte do Estado” por Francklin Roozewelt de Sá


Não queremos afirmar que Bahia sempre foi uma ilha de prosperidade e administrada ao longo dos anos de carlismo, dentro do parâmetro de excelência, pelo contrário, naquela época a Bahia era uma ilha de fantasia e imperava a lei do chicote, como modelo e forma de esconder as mazelas existentes e de impedir o acesso a informações detalhadas sobre os desmandos praticados, enquanto administrativamente era um governo voltado para atender as demandas apenas do grupo político que exercia o Poder e as políticas públicas visavam favorecer apenas e unicamente as elites que os apoiavam.
Mas com todos os seus erros, defeitos e perseguições políticas e funcionais – pois foi uma época em que os servidores públicos comeram o pão que o diabo amassou, principalmente nas gestões de Paulo Souto -, devemos reconhecer que algum legado positivo foi deixado, como os deixaram outros gestores que não faziam parte da cozinha do carlismo.
Se alguns órgãos foram sucateados e até extintos apesar dos bons serviços que prestavam a sociedade, outros tinham até padrão de excelência, como  a Bahiatursa, Agerba, CAR, Conder e algumas secretarias como a Fazenda, Planejamento e Administração.
Não devemos negar que na época do carlismo foram cometidas todo os tipos de arbitrariedades, nepotismos, empreguismo, perseguições e por ai foi e de ter sido um período em que a opressãao e medo dominou o Estado, uma vez que a palavra ‘democracia’ foi riscada do seu dicionário.
Mais como diz o ditado popular, “não há mal que não se acabe e não há bem que dure para sempre”, em 2006 a população baiana resolveu mudar e jogou todas as suas fichas no modelo de governar do PT e escoilheu Jaques Wagner para governar o Estado.
Esperava-se que um novo modelo fosse implantado no Estado, em que as liberdades fossem respeitadas e que as práticas carlistas fossem sepultadas, com o surgimento de novas lideranças e que as promessas de campanha se tornassem realidade e não fossem colocadas apenas para obter o voto e como na época anterior, não fossem colocadas no saco do esquecimento. E a Jaques Wagner foram dados 08 anos para implementar um novo modelo de governar.
Ledo engano. Tudo continuou como antes. Os servidores públicos continuaram sendo maltratados e perseguidos, agora de forma mais sutil mais com o mesmo índice de perversidade. Os carlistas, continuaram mandando e desmandando e as práticas continuaram as mesmas, dinheiro na mão e o chicote na outra.
Mais o que mais tem chamado a atenção no governo Wagner é o desmonte administrativo que vem ocorrendo no Estado da Bahia, demonstrando não está o atual governador preparada tecnicamente para governar um Estado tão complexo como a Bahia.
E o desmonte começou pelas Secretarias de Administração, Fazenda e Planejamento, quando optou por escolher nomes completamente despreparados para assumir tão importantes cargos. Na Fazenda, principalmente quando colocou um incompetente, despreparado e aventureiro, que só foi escolhido por ser amigo e companheiro e como consequência trouxe o desequilíbrio financeiro ao Estado; na administração colocou um profissional que já não havia dado certo no judiciário e no Planejamento foram escolhidos nomes de competência questionáveis além da alta rotatividade.
Achando pouco, resolveu aparelhar o Estado com o que há de mais incompetente em termos profissionais – os sindicalistas – e transformar os cargos públicos em moeda de troca para cooptar os partidos políticos para sua base aliada, procurando com isto, como fazia o carlismo, sufocar a oposição e usar a sua maioria parlamentar como rolo compressor para aprovar os seus desmandos administrativos.
Diante disso, órgãos que antes serviam de modelo organizacionais e administrativos a outros Estados, foram ou estão sendo desmontados, de forma a esvaziarem as suas ações atendendo aos grupos interessados em atuar nas áreas de ação ou de fiscalização, transformando-os em trampolins políticos eleitoreiros do grupo que os dominam. Assim está sendo na EBDA, Conder, Agerba, CAR e todos os demais órgãos públicos da Bahia, hoje impregnados pelo politiquismo primitivo, imperando a lei dos coronéis políticos.
O último bastião de qualidade do Estado, que era a Bahiatursa caminhará para o mesmo destino dado aos demais órgão, neste que com certeza vai deixar como marcar do seu governo, o maior desmonte dos órgãos públicos já praticados, cujo legado com certeza inviabilizará o sucesso da próxima administração, que por certo irá necessitar de um longo prazo para voltar a azeitar a máquina administrativa.
Como o fez na EBDA, Conder, Agerba e CAR, apenas para citar alguns, o governo Jaques Wagner resolve transformar a Bahiatursa, órgão técnico em mais um centro de politicagem e maladragem, ao destituir profissionais de reconhecida capacadade técnica, subsitituindo por pessoas sem qualquer conhecimento da área, sem qualquer experiência profissional, que apenas tem como referencia curricular, ser filho do deputado Marcos Medrado, que por sinal foi quem o indicou.
Desta forma, mais um órgão de reconhecimento internacional será desmontado e desfigurado.
Este será o grande legado de Jaques Wagner na sua passagem pelo governo da Bahia, o aparelhamento do Estado e a transformação dos cargos públicos em moeda de troca, substituindo a qualidade técnica e profisional pela indicação política de péssima qualidade.

Com isso montou um modelo administrativo que em lugar de excelência o transformou em sucateamento e através deste modelo, praticou o desmonte dos serviços públicos baianos.

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