domingo, 15 de setembro de 2013

A Questão da Governabilidade de Feira de Santana

Todo bom administrador sabe que o planejamento, a organização, competência e a visão de futuro são as ações que movem o mundo. Infelizmente estas qualidades têm faltado aos gestores de Feira de Santana, nos últimos anos, o que tem levado a cidade, apesar de sua pujança, a estacionar ou até mesmo regredir em termos de administração pública.
A moda do momento são os movimentos reivindicatórios, os protestos em defesa da moralidade e a luta pelos direitos sociais.
Assim, sugiro aos graduandos e profissionais da área da administração pública que deveriam promover atos de protestos contra o exercício ilegal da profissão, por pessoas que desejem exercer atividades executivas públicas, seja no legislativo, executivo e judiciário.
O que temos assistido nos últimos anos, é a administração pública ser tocada por picaretas, ladrões formatados de políticos, pessoas de má fé, ‘gestores públicos’ sem a mínima qualificação técnica, alguns até com formação na área de ciências humanas, num amadorismo temerário e perdulário, e que estão ocasionando todo este atraso civilizatório em Feira de Santana.
E a nossa exortação tem como objetivo, tentar via sociedade, modificar a visão obtusa que os políticos, militantes e correligionários, estão pondo em prática em nossa cidade, através de uma pseudo - administração, que só tem bloqueado o desenvolvimento do município.
Tudo ocasionado por uma visão estreita, atrasada, cujos administradores têm uma percepção arcaica, ultrapassada, interiorana sem se aperceberem que estão à frente de um município que se situa entre as 50 cidades mais importantes do País.
Feira precisa de estadistas e não de gestores amadores, que se sentem realizados pela roda de puxa – sacos que os cercam e por um grupo de políticos lagartixas, que só sabem balançarem ou baixarem a cabeça, diante daquele que se autointitula o ‘todo poderoso’, sem nada questionarem, temendo perderem os cargos que possuem no executivo.
Assistimos a cada dia novas mazelas surgirem enquanto as velhas vão se acumulando ou deixada de lado, diante das novas que se sobrepõem ou ambas se exponencializam.
Por enquanto somos obrigados a ver evoluir na administração em nossa cidade a exortação e o personalismo por meio de propagandas – públicas e privadas -, desenvolvidos fora da realidade, como forma de exaltar qualidades que só a subserviência faz acreditar.
Na realidade, o que exige a sociedade são serviços de boa qualidade, e não esta precária organização pública que aí está, com uma infraestrutura que só tem deixado a desejar, uma prestação de serviços de baixa qualidade e deficiente.
Não se observa a preocupação da administração em primar pela
luz da qualidade, da produtividade e da economia – não existindo uma correspondência direta entre o bom planejamento e a atuação profissional das pessoas escolhidas para executá-la.
Não se vê o cuidado de primar pela meritocracia, muito pelo contrário, tem méritos aquele que mais puxa o saco do líder. E isto é um pena, pois só quem tem a perder é Feira de Santana.
Diante deste quadro, o município de Feira de Santana se transforma em um empreendimento é de alto custo sua manutenção, pesado, ineficiente, improdutivo, hospedeiro da preguiça e da indolência administrativa e política e cruelmente corrupto – em face de seus indicadores operacionais e de seus precários resultados à sociedade.
Tem sido um município perdulário que não demonstra capacidade de devolver em serviços com qualidade o que subtrai dos seus moradores sob forma de impostos e taxas.
Está aí o  IDH – Índice de Desenvolvimento Humano para comprovar.
É um município utilizado por aqueles que estão no controle  do Poder para sustentar apenas a si mesmo a si mesmo e aqueles que os rodeiam, com a oferta de cargos inócuos, bons salários, mordomias e muitos esbanjamentos, porém, mal consegue assistir a sua população com os serviços essenciais básicos.
Dessa forma a administração municipal não passa de um perdulário consumindo cerca do que arrecada com gastos com supérfluo, inchando a folha de pagamento com amigos e cabos eleitorais, pouco sobrando para aplicação em projetos e políticas públicas inclusivas e humanistas para o seu povo.
Todos sabem, inclusive os nossos gestores - pois assim agem nos seus negócios privados -, que só se criam cargos e funções novas quando a ação executiva se justifica sob a forma de racionalidade e retorno econômico, empregando nestes cargos, o que se tem de melhor em recursos humanos, materiais, financeiros, tecnológicos e de know-how.
Não se cria cargos para agradar aos amigos e puxa – sacos, o contrário do que ocorre e temos visto praticar no serviço público, onde sempre cabe mais um.

E como se fosse o gestor de uma empresa privada, deveria ser assim que o administrador municipal de Feira de Santana deveria agir, buscando racionalizar a máquina pública, para que os recursos pudessem sobrar para serem aplicados em beneficio da maioria da população, transformando-a em uma organização administrativa enxuta, com poucos ‘caciques”, poucos interlocutores executivos e muitos operacionais, já que o que sustenta uma administração, transformando-a em exitosa, não é o excesso de chefias, mas sim pela qualidade dos seus projetos e dos seus executores, que deveriam ser escolhidos para operarem profissionais capacitados e qualificados adequadamente.

Nenhum comentário: