domingo, 18 de agosto de 2013

Feira de Santana, outrora pujante hoje atolada na incompetência.

Residir no momento em Feira de Santana tem sido um ato de heroísmo e um desafio que ultrapassa tudo que se possa imaginar. Conseguir sobreviver às mazelas que hoje impera na cidade, tanto política como administrativamente, é um ato de bravura.
Instituíram no município uma infraestrutura onde as pessoas se deparam com um conglomerado político que mais parece um ninho de serpentes, transformando a máquina pública numa espécie de bunker ordinário que administra um município  maneta.
Enquanto os ‘donos’ desfilam sua incompetência, através de atos e ações no mínimo suspeitas e pouco transparentes, transformando os Poderes numa casa de câmbio xula, a outrora princesa do sertão, hoje, encontra-se absolutamente despreparada para receber qualquer visitante, diante do abandono que estão impondo ao município, submetido à magnitude da politicagem, onde a meritocracia é colocada de lado, dando lugar ao ‘é dando que se recebe’.
E a cidade se encontra completamente no esquecimento.
Feira de Santana hoje padece ante o abandono imposto pelo grupo político que há cerca de 13 anos domina o Poder e que alguns transformaram a arte da roubalheira institucional num expediente corriqueiro, de uma gestão voltada para o século XXI e não uma administração assentada em lembranças e modelos perversos do passado .
Pouco falta, se é que ainda falta, para que a bandeira da fraude e do já conhecido e anacrônico clientelismo seja hasteada e tremule diante dos gabinetes e salões dos órgãos públicos municipais, inclusive da Câmara Municipal, que deixou de ser um puxadinho da prefeitura, e passou a ser  uma extensão da cozinha do prefeito.
Corrupção e assalto do já combalido cofres públicos feirense são atos de ofício, ritos que parecem  já fazer parte do seu cotidiano, a partir do momento que passa a integrar, de forma indelével, as atribuições das funções eletivas e dos cargos de confiança, estabelecendo cotas para que cada vereador possa indicar seus cabos eleitorais, independente se estão preparados ou não. O importante é assaltar o erário público!
E assaltar os cofres públicos não só significa meter a mão no dinheiro diretamente. É assaltar os cofres públicos no momento que o setor, por exemplo, precisa de 02 médicos, e o vereador cuja área quando do loteamento da máquina coube a ele, indica dez técnicos de enfermagem.
É desviar os recursos públicos quando uma escola precisa de um professor e a diretora se vê com a mão na cabeça, obrigada a receber 05 auxiliares de serviços gerais.
É roubar quando o gestor deixa a cidade abandonada, caindo aos pedaços, esperando chegar ao caos, em termo de infraestrutura, para depois dá um banho de asfalto e pousar de bom administrador.
Hoje, passados cerca de oito meses que reassumiu a Prefeitura de Feira de Santana, não resta dúvida, que o atual prefeito se defronta com diversos problemas, principalmente por já não contar com Paulo Souto no governo do Estado que à época transformou a prefeitura feirense em uma secretaria de estado.
Além desta falta, que muito colaborou para transformar o atual prefeito no gênio como administrador público, não resta dúvida que outros problemas se somam, principalmente na área administrativa,  com destaque para o trânsito no centro comercial, transporte coletivo, comércio informal, do abandono do centro da cidade que mais parece uma favela e, em razão das chuvas, a quantidade de buracos nas vias públicas, que a cada dia aparece mais um.
Na realidade, do jeito que as coisas estão caminhando, parece que a cidade está sem comando, ou o prefeito está rodeado de incompetentes, como aliás ele costuma chamar alguns dos seus auxiliares em alto e bom som, sem esconder para ninguém.
Para aqueles  que integram o contingente de pouco mais de 600 mil habitantes e que não se rendem ou se vendem ao canto desafinado do Poder restará se perguntar  diante de tal barbaridade política e administrativa que o município está caminhando, como pode uma cidade como Feira de Santana, com a importância que tem no cenário nacional permanecer no estado que se encontra atualmente. Cidade líder de uma macrorregião com cerca de 125 municípios um dos maiores vertedouros comercial do Nordeste brasileiro, se encontrar na situação em que se encontra..
A propósito, é vergonhosa a forma desrespeitosa como está sendo tratada a saúde e a educação do município. É preciso que o governo municipal liderado por seu gestor assuma  seu quinhão de responsabilidade pelo derretimento político-administrativo de Feira de Santana.
É inadmissível o desprezo com que a população feirense está sendo tratada e o achincalhe que está sendo dado à saúde e à educação, onde dois vereadores se arvoram ‘donos do pedaço’, e nada é feito sem as suas digitais, e  o pior, transformaram estes dois segmentos em sustentáculo para campanhas futuras. A coisa está tão escandalosa, que os servidores já não sabem a quem se dirigir.
Isto sem contar a quantidade desnecessária de servidores contratados pelas cooperativas  por indicação deles.  A situação hoje beira ao escândalo.
Mesmo o municípios tendo uma  situação financeira e fiscal frágil. Muito frágil, basta pegar o orçamento da cidade e comparar com cidades de igual porte, como Aracaju, Maceió ou João Pessoa  e veremos os gargalos expressivos para o seu desenvolvimento, porém, nem assim os políticos feirenses se apiedam e deixam de  praticar  todo tipo de malfeitos e  mazelas.
Para que o leitor consiga compreender a situação em que o município se encontra basta ir a um posto médico em busca de algum medicamento. Gente tem muita, muitos inclusive batendo cabeça por não ter o que fazer e outros nem comparecem, participando do rodízio imposto, por não ter espaço para ficar, mais o medicamento este está difícil.
Diante das mazelas e malfeitorias praticadas pelos ‘donos do Poder’, o governo municipal promove o aniquilamento de áreas fundamentais — como Saúde, Educação, Infraestrutura e afins, transformando a cidade num monstrengo, que quem aqui vem, não volta jamais.
E para quem quiser duvidar é só analisar as indicações dos cargos comissionados n atual gestão, onde sem qualquer constrangimento, podemos afirmar que mais da metade desses cargos ocupados não foram observados e ou exigidos qualquer critério técnico e não passaram meramente de indicações políticas. Será que a isto podemos chamar de gestão?
É triste demais termos que  concluir que um município como Feira de Santana, outrora pujante e promissor, não consiga emergir do lamaçal em que está atolado por aqueles que hoje comandam seus destinos. Todos sem exceção têm sua parcela de culpa e de responsabilidade, desde a sua liderança maior àqueles vereadores e políticos que se utilizam da proximidade com o Poder e extrapolam suas funções, fazendo dos órgãos públicos trampolins para tentar voos maiores.   


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