sexta-feira, 28 de maio de 2010

PORQUE ÉTICA NÃO FAZER PARTE DE PROGRAMA DE GOVERNO?


Fui surpreendido por declarações de um dos coordenadores da campanha do candidato a presidente da República, José Serra, o qual afirma que ética não é programa de governo, mas inerente ao ser político. Onde andou o Sr. José Aníbal nos últimos anos?
Esqueceu das denúncias do mensalão, tanto do PT como do PSDB mineiro? Dos escândalos praticados por Yeda Crusius no governo gaúcho? Das maracutaias praticadas pelo DEM em Brasília? Das denúncias de superfaturamento do Rodoanel de São Paulo? Pelas dezenas e dezenas de mutretas praticadas pelos nossos políticos com os recursos públicos e as negociatas com empreiteiros e fornecedores? Não ouviu as acusações de superfaturamento das obras do PAN do Rio? Estes são alguns exemplos dentre os milhares existentes.
E olha que em breve teremos a Copa do Mundo e Jogos Olímpicos.
Ficamos surpresos porque acreditamos que a ética é a base de tudo. Não se admite um programa de governo aético. A ética é a mola que impulsionam todos a praticar o Bem. E é isto que queremos. Que combatamos a pratica do mal.Devemos está em busca diuturnamente do Bem e é ele que deve nortear as nossas ações. Desta forma na se admite que o Bem esteja ausente dos meios utilizados para atingir os fins.
Em política, o Bem é denominado de bem comum. Portanto é para o bem comum que todas as ações devem convergir. Seria muita ingenuidade de nossa parte acreditar que conseguiremos da elite presente nos meios políticos, segmentos empresariais e nos quadros de governo e da administração pública, a ética como produto voltado a prática do bem comum, envolvidos como se encontram numa relação de promiscuidade, que não tem fim.
Portanto se não der ênfase a ética no programa de governo, dificilmente teremos grandes avanços na qualidade e nas ações voltadas para o bem comum.
Não podemos conviver mais com os ilícitos penais cometidos por nossos políticos, gestores públicos e segmentos empresariais.
Não devemos considerar como ações comuns e corriqueiras deslizes éticos entre os homens públicos e agentes políticos.
Não devemos mais aceitar e reprovar firmemente, aqueles que se elegem prometendo e depois de eleitos esquecem os discursos e nada fazem do prometido.
Não devemos mais aceitar aqueles que em razão da necessidade do voto e ou manutenção do poder, sacrificam suas convicções pessoais ou até mesmo negam o seu passado.
Não devemos aceitar candidatos que disputam posições para as quais se sabem despreparados, inoperantes, omissos ou ausentes.
Não devemos mais aceitar aqueles que negociam contra o bem comum, que estimulam conflitos.
Queremos sim que a ética prevaleça em todas as ações daqueles que irão cuidar do bem comum.
Não só ao homem público mas todos devemos está conscientes, que a ética deve está presente em todas ações, principalmente naqueles que se investe em representar o povo ou em administrar o patrimônio público. Além de inerente ela deve ser praticada e exemplificada. E o maior exemplo que o homem público pode dar é incluí-la em seu programa de vida, ou seja, no programa de governo.
Não devemos esquecer, que a parte principal da ética e da responsabilidade moral não reside em evitar o mal, mas na verdade, deve cuidar para que o Bem seja feito. O homem público que assim não agir estará fadado a ir para o ostracismo.
Portanto, as eleições se aproximam, e muitos irão pleitear assumir os cargos no Poder Executivo ou uma cadeira ao Parlamento. É bom que todos fiquem atentos às promessas. Àqueles que estão no Poder ou por lá já passaram, vejam o que prometeram e o que fizeram. Os neófitos analisem sua origem, seu comportamento, sua história de vida.
Nos tempos atuais não é mais permitido que a gestão pública seja feita aleatoriamente, ao sabor do acaso, ao improviso.
Portanto, chega daqueles que dizem abraçar a causa por ser bem intencionado, procuremos evitar o voluntarismo daqueles que se consideram criativos e ou amigos do bairro, chega de fiéis colaboradores ou de adesistas de última hora.
Governantes éticos e responsáveis são aqueles que elaboram diagnósticos consistentes para sociedade, que apontam as prioridades fundamentadas em eixos norteadores firmes e realizáveis. Que tenha como ponto de partida ideológico a competência, a sapiência, e que demonstre com convicção o que o povo precisa e como realizar.
Porém, nada disso ocorrerá se a ética, não fizer parte principal do conteúdo programático.

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